quarta-feira, 12 de maio de 2010

A escola inclusiva: desafios profissionais para a inclusão responsável

Cleusa Werner
Um dos principais desafios que nos são apresentados nos dias atuais é a construção de estratégias para que possamos efetivar uma escola onde todos possam gostar, aprender e permanecer na escola o tempo que for necessário para a construção do conhecimento.

A escola inclusiva precisa conhecer e respeitar cada aluno com suas individualidades, ritmos e potencialidades. Todos somos diferentes, aprendemos de forma diferente, possuímos vivências e estruturas de conhecimento de acordo com os estímulos recebidos pelo ambiente em que estamos inseridos.

Para a efetivação da inclusão escolar é necessário uma nova postura de educador e a compreensão de como se dá o processo de aprendizagem. Na escola inclusiva “o respeito, a autonomia e a dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder aos outros”, atesta Paulo Freire.

O processo de inclusão escolar tem como pressuposto a interação da comunidade escolar para um novo olhar frente às diferenças humanas, elegendo-as como um valor a ser assumido por todos, partindo do princípio de que a principal característica do ser humano é a pluralidade, e não a igualdade ou a uniformidade.

A inclusão exige uma mudança de paradigmas, um repensar do fazer pedagógico, uma transformação da escola atual para uma escola onde todos aprendem, permeada pelo respeito ao sujeito singular e social.

Na escola inclusiva “os êxitos e as dificuldades de todos são analisados pela ótica do coletivo, do processo educacional, sendo assim não se estabelecem culpados neste caminhar, descobrem-se as dificuldades, procura-se refletir sobre elas e antes de tudo aprender com todo o processo. Nesta caminhada o olhar do professor precisa deslocar-se da patologia do sujeito, buscando conhecer sua modalidade de aprendizagem, sua forma de comunicação, seus desejos e também suas dificuldades. Não é possível que o professor limite sua atuação pedagógica porque o aluno tem “esta ou aquela deficiência”, afirma Karla Fernanda Wunder da Silva.

Assim,é necessário que se faça uma análise responsável sobre os objetivos do fazer pedagógico, as atividades e conteúdos necessários para se atingir esses objetivos, bem como a forma como os mesmos serão trabalhados, os recursos utilizados para que o nosso aluno seja melhor estimulado e que instrumentos podem ser utilizados na mensuração dos avanços atingidos.

Cleusa Werner é professora de Educação Especial e Diretora do 20° Núcleo do CPERS/Sindicato - Canoas

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Nossa Luta pelo meio ambiente.

Companheirada
Convocamos a todos e todas que puderem a comparecer na próxima terça-feira,4/05, 09 horas, 04º andar da Assembléia Legislativa/RS, na Comissão de Constituição e Justiça, pois devido a pedido de preferência feito pelo Dep. Záchia, o famigerado PL 154/2009 (aquele que altera todo o Código Estadual de Meio Ambiente Gaúcho)será novamente apreciado e provavelmente votado. O PL 154 encontrava-se parado na AL, após a grande mobilização da coletividade, especialmente das entidades ambientalistas gaúchas.

Tal pedido é uma estratégia para dividir as atenções, pois neste dia também estará em pauta o PL 388 (aquele que autoriza a alienação da área da FASE-Padre Cacique em Porto Alegre). Trata-se de uma área de 73 hectares, situada na Avenida Padre Cacique, área de grande valor imobiliário, por ser foco da expansão do capital especulativo imobiliário para Copa 2014, e integra o projeto de ocupação/privatização da Orla do Guaíba.

É um descalabro, um atentado a coletividade tais propostas.

Além disso, enquanto Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDeMA-RS) convocamos a todos e todas que participem de nossa ação via internet (Ciberativismo).


Toda a coletividade conta com sua mobilização. Passe adiante...
Coordenação Executiva (biênio 2009-2011)
Núcleo Amigos da Terra Brasil – Instituto Biofilia – Centro de Estudos Ambientais


A estratégia de 2 ciberativismos, pois assim mais confusão geramos nas caixas de emails dos deputados:

Ciberativismo 1 – Assunto: PL 154, VOTE NÂO.
No corpo de email segue uma sugestão de texto:
Caro Deputado
Estamos encaminhando esta mensagem de forma coordenada e articulada. Estimulando organizações e cidadãos a expressarem sua vontade e preocupação quanto a tramitação do Projeto de Lei 154, que altera o Código Estadual do Meio Ambiente, dentre outros dispositivos. Gostaríamos muito de contar com a sua contribuição, votando não. Neste momento em que a humanidade busca soluções para a crise ambienta um projeto de tal magnitude, com as tais alterações propostas, certamente comprometeria o futuro da sociedade gaúcha, levando a um futuro incerto, na eminência de um colapso ambiental que afetaria a produção agrícola e desencadearia uma crise economia sem precedentes no Estado. entendendo que a produção necessita da conservação, não são inimigas. A preservação, preserva o produtor. Preserva seus direitos. Lhe permiti a independência produtiva. Entendemos a importância das atividades produtivas, sobretudo da agricultura de alimentos saudáveis, e reafirmamos que este setor da produção deve ter uma atenção especial. Desta forma contamos com o Companheiro para garantir que iniciativas como estas, o PL 154, não se crie nestes Pampas.

Ciberativismo 2 – Assunto: PL 388, VOTE NÃO.
No corpo de email segue uma sugestão de texto:
Caro Deputado
Encaminhamos esta mensagem, juntamente com diversas organizações e cidadãos, para expressar o grande receio e preocupação quanto a tramitação do Projeto de Lei 388, na CCJ, que "autoriza a Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do Estado do Rio Grande do Sul - FASE a alienar ou permutar imóvel situado no Município de Porto Alegre". Nesse momento em que a humanidade busca soluções para a crise ambiental das cidades, um projeto de tal magnitude, que elimina uma reserva verde, um espaço natural dentro da capital do gaúchos, uma área que corresponde a duas vezes o Parque Farroupilha, certamente compromete a estabilidade urbana de Porto Alegre, levando a cidade a um futuro incerto, na eminência de um colapso ambiental que afetaria toda a capital dos gaúchos. Dentro das 73 hectares, vivem cerca de 4 mil famílias, um total de aproximadamente 20 mil pessoas. Distribuídas nas comunidades Ecológica, Gaúcha, Prisma, União, Cruzeiro e dos Funcionários. A possível realocação destas comunidades acentua o processo de segregação espacial das cidades, como já observado aqui mesmo em Porto Alegre. Em precárias condições, a margem do Estado, sem serviços mínimos, vivem em construções irregulares, situadas em Áreas de Preservação Ambiental. Somos favoráveis a regularização das moradias, acompanhada de investimentos em infra-estrutura - saneamento, acessibilidade, contenção de encostas, por ser área de risco, e acima de tudo uma garantia de estancar novas ocupações em área de encostas, preservando os remanescentes de vegetação nativa e a paisagem. Os morro e matas existentes no âmbito do Município de Porto Alegre são patrimônio da cidade, conforme Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, cap. VII, artigo 240. De acordo com a Lei Federal 4771/65 e Resolução CONAMA 303/02, no morro Santa Teresa há Áreas de Preservação Permanente vinculadas aos cursos d’água e nascentes, assim como as cotas de topo de morro. As áreas de vegetação nativa, 23 hectares de mata, predominante matas ciliares, que protegem os copos hídricos, mas também nas encostas do morro, tem espécies de até 10 metros de altura com acentuado grau de endemismo, além de 14 hectares de campos, também com espécies raras. Patrimônio natural que está ameaçado. Registra-se na área da FASE um total de 17 espécies com status de conservação em ambiente natural. Destas 13 constam da Lista Oficial de espécies da Flora do Rio Grande do Sul Ameaçadas de Extinção (Decreto Estadual nº 42.099, de 31 de dezembro de 2002), 1 na categoria provavelmente extinta, 3 na categoria em perigo e 10 na categoria vulnerável. As espécies encontradas na área são de extrema relevância para a conservação ambiental, fazem parte do contingente endêmico da flora insular que habita os morros de Porto Alegre, em nível de extrema raridade, estão oficialmente ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul. Acreditamos na necessidade de garantir, ampliar e qualificar os serviços e projetos desenvolvidos no âmbito institucional cobra-se das autoridades locais responsáveis, ações concretas de melhorias nas condições de vida, da infraestrutura disponível para os internos, educandos, e para os servidores. Acreditamos na importância do Sistema Nacional de Atendimento Sócioeducativo (SINASE), fruto de uma construção coletiva que envolveu governos e representantes de entidades dos menores e dos direitos humanos. Em seu documento base, está expressa a necessidade de uma política de descentralização. Mas isto significa o sentido de territorialização. Expandir as unidades de atendimento, ampliá-las, melhorá-las, sem fechar as preexistentes. A proposta do governo, em sua justificativa, usando de oportunismo, usando como escudo as necessidades dos menores, é no mínimo sórdida, cruel e lamentável. Devemos repudiar a iniciativa articulada do capital especulativo imobiliário que está sitiando a Orla do Guaíba, privatizando os espaços públicos e restringindo o livre acesso a população, mercantilizando a paisagem, degradando o meio ambiente. Não podemos permitir mais este prejuízo ao erário público. Diante destes fatos não estamos diante de uma questão ambiental e social, estamos falando de uma questão ética e moral. Pelos educandos, pelas comunidades, pelos servidores, pela preservação ambiental, pelo patrimônio público. Vote NÃO AO PL 388.
Desta forma contamos com o Sr. para barrar iniciativas como esta.
Grato

3 – Email dos deputados da CCJ:
Cole os endereços de email dos deputados no campo Para:
alceu.moreira@al.rs.gov.br; fernando.zachia@al.rs.gov.br; edson.brum@al.rs.gov.br; elvino.bohngass@al.rs.gov.br; fabiano.pereira@al.rs.gov.br; francisco.appio@al.rs.gov.br; pedro.westphalen@al.rs.gov.br; nelson.marchezan@al.rs.gov.br; adroaldo.loureiro@al.rs.gov.br; giovani.cherini@al.rs.gov.br; ciro.simoni@al.rs.gov.br; iradir.pietroski@al.rs.gov.br; marquinho.lang@al.rs.gov.br; luciano.azevedo@al.rs.gov.br; bancada.dem@al.rs.gov.br; bancada.pdt@al..rs.gov.br ; bancada.pp@al.rs.gov.br; bancada.pps@al.rs.gov.br; bancada.prb@al.rs.gov.br; bancada.psb@al.rs.gov.br; bancada.psdb@al.rs.gov.br; bancada.pt@al.rs.gov.br; bancada.ptb@al.rs.gov.br, apedemars@gmail.com, alceu.moreira@al.rs.gov.br; fernando.zachia@al.rs.gov.br; edson.brum@al.rs.gov.br; elvino.bohngass@al.rs.gov.br; fabiano.pereira@al.rs.gov.br; francisco.appio@al.rs.gov.br; pedro.westphalen@al.rs.gov.br; nelson.marchezan@al.rs.gov.br; adroaldo.loureiro@al.rs.gov.br; giovani.cherini@al.rs.gov.br; ciro.simoni@al.rs.gov.br; iradir.pietroski@al.rs.gov.br; marquinho.lang@al.rs.gov.br; luciano.azevedo@al.rs.gov.br; bancada.dem@al.rs.gov.br; bancada.pdt@al..rs.gov.br ; bancada.pp@al.rs.gov.br; bancada.pps@al.rs.gov.br; bancada.prb@al.rs.gov.br; bancada.psb@al.rs.gov.br; bancada.psdb@al.rs.gov.br; bancada.pt@al.rs.gov.br; bancada.ptb@al.rs.gov.br, apedemars@gmail.com, julioalmeida@mp.rs.gov.br, giancarlo@sema.rs.gov.br,

4 - Email de todos os deputados:
Cole os endereços de email dos deputados no campo Cc:
abilio.santos@al.rs.gov.br, villaverde@al.rs.gov.br, adilson.troca@al.rs.gov.br, ajbrito@al.rs.gov.br, adroaldo.loureiro@al.rs.gov.br, alberto.oliveira@al.rs.gov.br, alceu.moreira@al.rs.gov.br, alexandre.postal@al.rs.gov.br, aloisio.classmann@al.rs.gov.br, alvaro.boessio@al.rs.gov.br, cassia.carpes@al.rs.gov.br, carlos.gomes@al.rs.gov.br, daniel.bordignon@al.rs.gov.br, dionilso.marcon@al.rs.gov.br, edson.brum@al.rs.gov.br, elvino.bohngass@al.rs.gov.br, fabiano.pereira@al.rs.gov.br, francisco.appio@al.rs.gov.br, frederico.antunes@al.rs.gov.br, gerson.burmann@al.rs.gov.br, gilberto.capoani@al.rs.gov.br, gilmar.sossella@al.rs.gov.br, giovani.cherini@al.rs.gov.br, heitor.schuch@al.rs.gov.br, iradir.pietroski@al.rs.gov.br, ivar.pavan@al.rs.gov.br, jeronimo.goergen@al.rs.gov.br, joao.fischer@al.rs.gov.br, jorge.gobbi@al.rs.gov.br, jose.sperotto@al.rs.gov.br, kalil@al.rs.gov.br, luciano.azevedo@al.rs.gov.br, do.lara@al.rs.gov.br, fernando.zachia@al.rs.gov.br, mano.changes@al.rs.gov.br, marco.peixoto@al.rs.gov.br, marisa.formolo@al.rs.gov.br, marquinho.lang@al.rs.gov.br, mauro.sparta@al.rs.gov.br, miki.breier@al.rs.gov.br, nelson.harter@al.rs.gov.br, nelson.marchezan@al.rs.gov.br, paulo.azeredo@al.rs.gov.br, paulo.borges@al.rs.gov.br, paulo.brum@al.rs.gov.br, pedro.pereira@al.rs.gov.br, pedro.westphalen@al.rs.gov.br, raul.carrion@al.rs.gov.br, raul.pont@al.rs.gov.br, ronaldo.zulke@al.rs.gov.br, sandro.boka@al.rs.gov.br, silvana.covatti@al.rs.gov.br, stela.farias@al.rs.gov.br, zila.breitenbach@al.rs.gov.br


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ASSEMBLÉIA PERMANENTE DE ENTIDADES EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE
Coordenação Executiva Biênio 2009-2011
Núcleo Amigos da Terra Brasil – Instituto Biofilia – Centro de Estudos Ambientais

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Bohn Gass: pesquisa do CPERS prova que Governo Yeda sucateou a educação
abril 30, 2010 | Posted by João Manoel Mesmo que o Governo Yeda tenha feito de tudo para impedir, o CPERS-Sindicato divulgou na tarde desta sexta-feira (30/040) uma ampla pesquisa realizada com professores, funcionários de escola, pais e alunos sobre as condições humanas e materiais nas escolas da rede estadual de ensino. O trabalho foi publicado numa revista cujo título resume o que a pesquisa descobriu, ou seja, que “O Ensino Público Pede Socorro”.


Foto: Eduardo Seidl

Entre os dados mais significativos está a constatação de que o principal problema das escolas é a falta de recursos humanos. 58,5% das 226 escolas visitadas tem deficiência de funcionários e em 47,1% faltam professores. Para o líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, deputado Elvino Bohn Gass, que acompanhou o ato de divulgação da pesquisa em frente ao Instituto de Educação em Porto Alegre, “os dados levantados pelo CPERS só confirmam o que temos constatado nos quatro cantos do Estado. Não há município em que eu chegue sem que um pai, um professor, às vezes um aluno e noutras vezes até o prefeito ou o vereador venham reclamar da falta de professores”.

Outras constatações da pesquisa, porém, deixaram impressionado o líder do PT. “Eu não sabia que 60% das escolas não dispõem de serviço de orientação (SOE), nem que em 43,5% das que tem aula à noite, os refeitórios ficam fechados. Não sabia, também, que em 59,4% das escolas não existe nenhum programa ou ação governamental de combate à drogadição. Mas o pior, contudo, é que para 66,7% dos diretores, a manutenção oferecida pelo Estado é insatisfatória. Isto é a prova do que viemos dizendo, que o Governo Yeda sucateou a educação.”

Durante o ato de lançamento da pesquisa, professores e diretores procuraram Bohn Gass para dizer que sofreram pressões do Governo para não responder as questões formuladas pelo CPERS. “Chegaram ao cúmulo de proibir, em circular, que os educadores respondessem as perguntas ou que permitissem a realização da pesquisa nas escolas. Um governo que estivesse realmente interessado em melhorar a educação, veria esta pesquisa como um auxílio para identificar os principais problemas,” critica Bohn Gass.

A pesquisa mostra, ainda, que medidas arbitrárias do governo Yeda na área, como a enturmação, não foram bem recebidas pelos professores. 53,8% dos entrevistados dizem que a baixa qualidade de ensino e de atendimento ao aluno é reflexo direto da enturmação e outros 23,1% afirmam que prejudica a aprendizagem.

O líder do PT quer que a Assembléia Legislativa conheça e debata os números da pesquisa do CPERS e vai propor que a Comissão de Educação realize uma audiência pública para tratar do tema. “Será a oportunidade para compararmos os resultados desta pesquisa, que nos informa que a educação estadual pede socorro, com a da governadora, apresentada meses atrás, e que dizia que o índice de satisfação na educação era de 63.9%. O CPERS fez a pesquisa com quem vive na escola. Yeda perguntou para quem? Para os filiados do PSDB?”.
Categories: Notícias | Tags: Bohn Gass, deputado, desGoverno Yeda, Educação, Professores, Rejane Oliveira, Yeda Crusius | Leave a reply
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